Dia Mundial e Nacional do Diabetes: o impacto da doença na saúde ocular humana
Data: 14 de novembro de 2024
Diretor Técnico do HORGS, Dr. Roger Syllos aborda a retinopatia diabética como uma das principais complicações para os doentes
Considerada uma doença do metabolismo humano, a diabetes é causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. O Dia Mundial e Nacional do Diabetes é nesta quinta-feira (14) e reforça a conscientização a respeito da doença, principalmente para evidenciar a importância da prevenção. A data foi criada em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Assim como outras doenças que afetam a humanidade, o diabetes também apresenta complicações que se espalham pelo coração, rins, cérebro, ponta dos pés e também algumas funções importantes do corpo humano, como a visão. A diabetes é uma das doenças tratadas na área da oftalmologia no Hospital de Olhos do Rio Grande do Sul (HORGS).
De acordo com o Diretor Técnico do HORGS, Dr. Roger Syllos, as complicações ocorrem em todos os pacientes, sem exceção, de acordo com o tempo de doença. “Os principais fatores para acometimento são tempo de diabetes e controle da doença, pois quanto maior o tempo de diabetes e pior o seu controle, mais rápido e mais grave serão as lesões e maior o risco de perda da visão”, explica.
Entre os agravamentos da doença, está a Retinopatia Diabética (RD), causada por alterações estruturais que ocorrem nos vasos sanguíneos da retina e é a principal causa de cegueira em adultos entre 20 e 64 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência da RD é de 24% a 39% da população diabética no Brasil, sendo estimado que tenha uma prevalência de 2 milhões de casos. Após 20 anos de doença, estima-se que 90% dos diabéticos de tipo 1 (dependente de insulina) e 60% dos do tipo 2 (não dependente de insulina) terão algum grau de RD3.
Entre os principais sintomas da retinopatia diabética está a diminuição da visão, que pode ser lenta e progressiva ou súbita. Com a evolução da doença, os vasos retinianos tornam-se incontinentes e liberam sangue ou fluido para o espaço retiniano, causando a lesão dessa estrutura.
O tratamento da retinopatia diabética depende do estágio da doença, sendo mais simples quanto mais inicial ele for. Idealmente, a melhor forma de abordar é a prevenção. “Quando diagnosticado precocemente, é possível realizar o tratamento e o controle da doença, para assim evitar a cegueira”, pontua Syllos.
O diagnóstico é obtido em um exame oftalmológico simples, denominado “fundo de olho” ou “fundoscopia”. Esse exame faz parte da consulta oftalmológica de rotina. Segundo o Dr. Roger Syllos, se muito avançada a doença, pode não ser mais possível evitar a cegueira. “Quanto mais cedo for diagnosticada, mais fácil será tratar e controlar a retinopatia diabética e evitar a perda da visão”, afirma.
HORGS - Hospital de Olhos do Rio Grande do Sul
O diabetes está entre as doenças oculares que são atendidas pelos profissionais do HORGS. O Hospital de Olhos do Rio Grande do Sul está instalado na principal área médica de Passo Fundo, na Rua Teixeira Soares, 780, no Centro. A instituição atua com consultas, exames, cirurgias e terapias.
O contato com o Hospital pode ser feito pelo telefone (54) 3632.4994 ou pelo WhatsApp (54) 9.9286.3212. Mais informações no site www.horgs.com.br.